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ATENÇÃO DPDC (DEPARTAMENTO DE DEFESA DO CONSUMIDOR) EM BRASILIA



Parece até uma senha. Basta mencionar a frase "estou com problemas no reservatório de partida a frio" ou "a luz do painel não pára de acender" para ouvir a mesma resposta dos consultores técnicos de concessionárias Fiat: "O defeito é da bóia do compartimento. Pode agendar um horário para trocar a peça na garantia".

É o que têm ouvido donos principalmente de Palio e Mille - sempre na versão flex - quando procuram as oficinas autorizadas na tentativa de se livrarem da luz acesa no painel que indica que o reservatório está vazio. Identificando-nos como consumidor, recebemos a mesma orientação em nove autorizadas de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. O problema já é tão comum que os consultores vão logo pedindo paciência. Isso porque a bóia que detecta o nível de combustível no tanquinho precisa ser trocada, mas está em falta em todo o Brasil e tem demorado, em média, 20 dias para chegar. Um único gerente de oficina de uma grande concessionária de São Paulo afirma ter trocado a peça de 100 carros só no último mês. Ele diz, inclusive, que a Fiat divulgou os números do chassi das unidades que poderiam apresentar o defeito, mas descartou que haja um recall.

O defeito estaria no plástico que reveste a bóia do reservatório de partida a frio. Segundo os próprios chefes de oficina, esse material trinca e perde a capacidade de detectar o que está no tanque. E o que é pior: em alguns casos, o plástico expulsa a gasolina pela tampa de vedação, causando vazamentos.

O advogado Carlos Gustavo Horta Barbosa, do Rio de Janeiro, rodava com seu Palio Flex 2004 quando foi surpreendido pela luz no painel. Parou no posto e completou o tanquinho. Logo após abastecer, sentiu um forte cheiro de gasolina. "No dia seguinte, vi uma mancha no chão da garagem. Aí percebi que tinha vazado tudo", disse ele, que teve de aguardar 20 dias pela chegada e troca da bóia na garantia.

Conversamos com outros seis proprietários que também tiveram de esperar pela chegada da bóia. Três deles conviveram com o vazamento. "Encho o reservatório e três dias depois ele já está vazio. E o cheiro é insuportável", diz Marcos Antônio Massarin, de Suzano (SP), dono de um Palio ELX Flex 2005.

Embora a Fiat alegue que o caso não exija um recall, Márcio Montesani, perito do Núcleo de Perícias Técnicas de São Paulo e professor da Unicamp, não descarta o risco de incêndio. "Pela posição do reservatório, a gasolina pode vazar e cair próximo à tubulação do escapamento com o carro em movimento. Como o material é quente, pode provocar incêndio", afirma ele. Nosso consultor técnico Fábio Fukuda lembra também que os vapores de gasolina podem entrar em combustão. "É comum que eles se concentrem na caixa de roda ou longarina", diz.

Esse não é o primeiro problema crônico de vazamento em reservatórios de partida frio em carros flex. Na edição de junho deste ano publicamos que o tanquinho dos Fiesta e EcoSport Flex rachavam e deixavam a gasolina vazar. Pouco depois, em agosto, a Ford fez um recall em 100000 carros para trocar a peça.

FONTE: http://quatrorodas.abril.com.br/autoservico/autodefesa/conteudo_182944.shtml

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